De volta ao começo,

Eu precisava de conselhos, mas optei por não ouvi-los, não queria, algo gritava aqui dentro: Não preciso!
Nunca senti algo tão louco, tão confuso, tão sem explicação.
O futuro batia a minha porta anunciando: Chegou a sua hora, decide!
E mais uma vez, aqui estou eu, no meio do nada. Incerta, insegura, mais EU que o normal.
Essa história que o tempo cura, resolve, apaga, é bobagem. O tempo confunde tudo, te dá mais tempo pra fazer a escolha errada e mais uma vez voltar a estaca zero. 
Com o tempo, você precisa mais, anseia mais, deseja mais, talvez. E ai, as escolhas se misturam fazendo um espiral meio louco, te levando sempre ao mesmo lugar, com as mesmas frustrações e aquela certeza de que nada, após tanta confusão interna, absolutamente nada, mudou. 

Depois de tanto falso amor, tantas juras ao pé do ouvido,
sinto que foi perda de tempo, me arrependo, me arrependo e me arrependo ainda mais...
Tudo mentira, tudo injustiça, tudo puro egoísmo.
Mudança de planos, mudança de rota, mudança de vida.
Quer saber? Escritoras certinhas e românticas também descem do salto e soltam um gostoso FODA-SE
para isso que chamam de amor.


Que a vida sorria pra mim e traga dias melhores!

Que a saudade, a angústia e a solidão se transformem em aprendizado.
"Devemos valorizar enquanto temos nas mãos, enquanto existe perdão, existe volta."

Fiquei parada por um tempo, talvez mais do que deveria.

Duvidei do que passava aqui por dentro. Uma sensação gostosa de dever cumprido se misturando com felicidade, aquele espécie de borboletas no estômago.